quarta-feira, 31 de maio de 2017
Mais de 100 milhões sofrerão de Alzheimer até 205
Saúde - Domingo,
10 de junho de 2007, 17h25
Atualizada às 17h35
Agencia EFE
Mais
de 100 milhões de pessoas sofrerão do mal de Alzheimer em todo o mundo até
2050, quase quatro vezes os atuais 26 milhões, segundo um novo relatório
divulgado hoje em uma conferência sobre a doença.
O estudo, liderado
pelo pesquisador Ron Brookmeyer, da Universidade Johns Hopkins, foi divulgado
hoje em Washington e afirma que, no ritmo atual, uma em cada 85 pessoas no
mundo sofrerá da doença até 2050. Mais de 40% dos casos estarão em fase
avançada, o que fará com que os doentes precisem de um grande atendimento.
O Alzheimer é a
manifestação mais comum da demência e se caracteriza pela perda progressiva da
memória e outras faculdades mentais, levando à morte.
Brookmeyer disse,
em comunicado, que "uma epidemia global de Alzheimer" se aproxima.
Ele destacou que "mesmo avanços modestos na prevenção, ou retardar o
avanço da doença, podem ter um impacto gigantesco sobre a saúde pública
mundial".
Nesse sentido, o
relatório afirma que o adiamento da aparição da doença em um ano reduziria os
casos de Alzheimer em 12 milhões até 2050. Retardar tanto o começo do mal
quanto sua progressão em dois anos reduziria o número de doentes em 18 milhões.
O estudo destaca que 16 milhões dos casos estariam em fase avançada, exigindo
cuidados intensivos.
Diante disso, os
pesquisadores que se reúnem neste fim de semana na segunda Conferência
Internacional sobre a Prevenção da Demência insistem na necessidade de investir
no desenvolvimento de medicamentos para tratar a doença.
"O número de
pessoas atingidas pelo mal de Alzheimer está aumentando em níveis alarmantemente
altos, e os crescentes custos terão um efeito devastador sobre as economias
globais, os sistemas de saúde e as famílias", disse William Thies,
vice-presidente da Associação de Alzheimer dos EUA.
Thies convidou os
EUA a transformarem o Alzheimer em "uma prioridade nacional antes que seja
tarde demais". Para ele, "a ausência de medicamentos efetivos para
alterar o curso da doença somado ao envelhecimento da população transforma o
Alzheimer na crise da saúde do século XXI".
No entanto,
segundo ele, existem motivos para a esperança, ao lembrar que há vários
remédios em testes adiantados que prometem "conter ou deter totalmente o
avanço da doença".
"Isso,
combinado com as melhoras nos sistemas de diagnóstico, tem o potencial de mudar
o panorama do Alzheimer", insistiu Thies; Ele disse que, para que essa
promessa se torne realidade, é necessário um maior financiamento.
As projeções
divulgadas hoje afirmam que o maior aumento na incidência da doença será na
Ásia, o continente mais povoado, onde já são registrados quase metade do total
de casos (cerca de 12,6 milhões). Até 2050, 62,8 milhões de asiáticos devem
sofrer de Alzheimer, do total de 106 milhões estimados para a escala global.
Na Europa, o
número subirá para 16,5 milhões, contra os pouco mais de 7 milhões atuais. Na
América Latina e no Caribe o número passará de 2 milhões para 10,8 milhões. Na
África, o número passará de 1,3 milhão para 6,3 milhões, e na Oceania, de 200
mil para 800 mil.
A doença recebeu
seu nome em homenagem ao médico alemão Alois Alzheimer, que a identificou em
novembro de 1906. Mais de 100 anos depois, o mal de Alzheimer é ainda não tem
cura.
A acumulação
excessiva no cérebro de proteínas beta (em forma de placas beta-amilóide) e tau
(em forma da letra grega tau) representa a manifestação física do Alzheimer.
Essa acumulação faz com que a conexão entre as células se perca e que muitas
delas morram.
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